Se você é um médico que decidiu dedicar-se ao marketing há pouco tempo, certamente questinou-se sobre a necessidade de anunciar seus serviços no Google. Mais do que isso, pode ter surgido a dúvida sobre onde é melhor investir seu dinheiro e energias. Afinal, está claro que mídias como Facebook, Instagram e Youtube são espaços para criação de relacionamento. Sim, o paciente está nas redes sociais e perder essa oportunidade é um grande desperdício.
Como bem documentou esta reportagem da revista Exame, “Na quarentena, o mundo virou uma live”, empresas e pessoas viram nas redes sociais e nas transmissões ao vivo uma oportunidade de negócio. Pelo visto, essa tendência veio para ficar e vai além do mundo do entretenimento. No mercado de saúde, além do relacionamento com pacientes ou futuros pacientes, há a chance de ganhar autoridade e respeito entre os pares e abrir portas que talvez levariam anos para serem abertas.
Aqui no nosso blog, falamos com frequência sobre novos modelos de relacionamento médico/cliente e como a relação com espaços físicos está ficando obsoleta. O usufruir para além do possuir é um modo de pensar que, apesar de logicamente vantajoso, exige um processo de adaptação. A construção da carreira de um médico deve ser baseada naquilo que ele sabe e o modo como atende, ou seja, em reputação. Sendo assim, comunicar-se de forma eficaz é uma das melhores formas de construir um bom nome.
Com essas constatações, a essa altura você já pode estar pensando que o melhor é investir primeiro em redes sociais, certo? Nem sempre. Diferente do mercado de entretenimento, que é movido por escolhas motivadas por desejo, no mercado de saúde as decisões são causadas por necessidade. Sendo assim, por mais que as redes sociais sirvam para criar relacionamentos sólidos com a audiência e construir autoridade, é no Google que deve estar o foco dos seus investimentos em anúncios.
Talvez você ainda não saiba, mas aparecer entre os primeiros lugares na busca por uma palavra-chave do Google vale, sim, seu tempo e seu dinheiro. Estima-se que 30% dos usuários clicam no primeiro resultado de uma pesquisa. Agora imagine que, você sendo um ginecologista, que 30% das pessoas que procuram por um profissional da sua especialidade na sua região cheguem até você simplesmente porque fizeram uma pesquisa, por exemplo, com as palavras “ginecologista no Rio de Janeiro”. Seria ótimo, certo?
Mas não é só pagando por anúncios que seu nome pode chegar ao topo dos resultados de busca. Palavras tão “direto ao ponto” como essa que citamos costumam ser concorridas e, portanto, mais caras. Uma boa estratégia, além dos anúncios pagos, é investir em um blog profissional. Ao colocar artigos sobre assuntos relacionados à área de atuação do profissional e com palavras-chave diversas, é possível que o paciente chegue ao médico de forma orgânica (sem anúncios) porque leu algo escrito pelo médico.
E antes que você desista porque não tem tempo ou habilidade para manter uma constância na elaboração de textos, há agências especializadas em coletar as informações que o médico deseja, e por meio de entrevistas e pesquisas, transformá-las em textos que sejam compreensíveis e acessíveis para o público em geral.
Não esqueça delas! Apesar de saber que anunciar no Google é mais rápido para fechar consultas, você pode, e deve, dedicar uma parte dos seus investimentos em anúncios nas redes sociais. No entanto, lembre-se de que existem regras bem estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que devem ser seguidas à risca. Mais do que isso, não esqueça do objetivo principal desses canais: relacionamento. Seus anúncios devem, portanto, focar em aumentar sua rede de pessoas. Nos anúncios pagos, chame possíveis interessados para uma palestra online gratuita, impulsione posts sobre assuntos interessantes ou sobre algo que seja fundamental que as pessoas saibam. Foque em informar e relacionar-se, e o aumento da demanda por atendimentos virá como consequência deste trabalho.
Esse é mais um motivo para investir forte em anunciar no Google e investir em um blog. É bastante comum médicos não possuírem afinidade com câmeras, lives e esse tipo de comunicação. Não há problema algum. No entanto, é preciso construir relacionamento e autoridade de alguma forma, de preferência com personalidade e imprimindo a forma de atuação única do profissional. Há, inclusive, muitos pacientes que preferem relacionar-se dessa forma e não estão engajados com os novos meios de relacionamento online.
Seja engajado em lives e posts nas redes sociais ou consolidando seu modo de pensar e atuação profissional por meio de textos mais densos, o que importa é adaptar-se ao novo mercado e estar pronto para as mudanças que estão por vir.
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